Costa Gold
Berço de Piranha
[Verso 1: Adonai]
E se for pra botar o torro é pra constar
Chega no colo do pai grita:
Upa! Upa!
E se nem for soltar nem precisa encostar
O motor só ronco pras perva que aqui constar
E no desenrrolar do cheveco a mil
Na maldade, na malícia eu não peco, viu
Se acender o pavio, quero ver apagar
Da forma como instiga quero ver tu ir devagar
Não vou acelerar, e nem causar pressão
Pois a potência do motor é o que determina o tesão
Seu creme é pancadão, e descer até o chão
Sou underground, subsolo mas pro inferno eu não vou
Pois errado é o homem que nunca pecou
Se o homem tem pecado é porque algum dia sonhou
Corno é o mano que acha que a mina moscou
E o dengo dela era só o caô

[Verso 2: Nego Jé]
Cê acha que virou zona, fia
Pres'tenção
Terra onde ninguém pisa é o coração
Não entendo essa brisa juro que até tento
Olhar de malícia, destila veneno
Vai e vem, vem e vai
Cinderela é o carai
Depois da meia noite a coroa cai
E revela a maldição o anjo se mostra o cão
Se joga água no rosto parece um dragão
Sou vagabundo até umas hora pra cair no caô
Tá cheia de amor porque eu tô de motor
Pelo amor, por favor, essas horas já não dá
Implorar pra colar, chega de viajar
Faz pose, faz marra, gosta de fazer uma gata
Na madruga se arrasta muito louca na quebrada
Acha que tá tudo bem, na garupa neném
Conto de mil e cem diz que não tem pra ninguém