[Verso 1: Tubaína]
Era uma vez, um sonho de moleque
Lotar a casa de show de maloqueiro chacoalhando ouvindo rap
E seguir, só ideia forte na cabeça
Eu prometi não desistir, aconteça o que aconteça
Eu vi crescer essa cena aqui, vi vários sucumbir
Quantos grupo pesadão cansaram eu vi cair
E quantos mais ainda vão vir, achando que é mó mamão
Que é tudo questão de imagem, maquiagem e produção
Não, meu trampo vai ser mais, meu sentimento é mais
Mais peso, mais conteúdo, meus planos são muito mais
E se eu plantar nos corações essa vontade de rimar
Que nem fizeram comigo quando vinham incentivar
Ainda me lembro de escutar, sons que vieram me mostrar
Que o caminho que a quebrada me ensinava era furada
Que o certo é trabalhar, minha família respeitar
Rezar pra ter sabedoria de fazer o jogo virar
[Refrão: Dalsin & Tubaína x2]
Essa é a essência, a meta, o motivo da corrida
A vontade de expressar o sentimento na batida
O amor pela cultura que deve ser transmitida
Pra que o rap te transforme e siga salvando vidas
[Verso 2: Dalsin]
E já tentaram me fuder, me corromper, me afastar
Sempre insisti em outra jogada pra ver o jogo virar
Olhos tapados não mostram a direção pra onde andar
Uns quer chegar a qualquer custo, o custo aqui é chegar
Cabeça aberta me conecta a um milhar de motivos
Minha memória que conduz a seta pra onde dar o tiro
Falador tem de punhado em cada esquina que eu viro
O caminho é mais estreito a cada vez que respiro
Caminharei até cantarem nosso hino, doidão
E os meninos que tão comigo sabem bem pra onde vão
Mas se a meta chegar, o esforço não é em vão
Valeu a quem colou na hora que faltou uma atenção
Eu vi sonhos virando pó quando faltou minha palavra
Que meus risos da manhã vem das letras da madrugada
Faço jus aos imortal sem esperar recompensa
Imortalizo em minhas obras quem nunca quis minha presença
[Refrão: Dalsin & Tubaína x2]
Essa é a essência, a meta, o motivo da corrida
A vontade de expressar o sentimento na batida
O amor pela cultura que deve ser transmitida
Pra que o rap te transforme e siga salvando vidas