Victor Xamã
O frear provocando o gastar dos pneus
[Verso 1: Victor Xamã]
Meu bem, roseirais vermelhos nos seus olhos vi
Fuja do óbvio comigo, freia em cima da hora, gaste os pneus
Fuja do óbvio comigo, freia em cima da hora...
A vista congestionamento a frente
Tramo rapidamente a fuga dessas ruas sem saída
Algumas bruscas curvas, sol com chuva
A idosa fuma debaixo de um telhado de zinco
Odeio Seguir o roteiro, brinco
Corro do script, réguas e clips finto rindo
Me mandem beats, livros lindos, minto quando preciso
Beirando o limbo sigo
Meu… corpo em chama ave sangria
Depois de horas a calmaria
Um caminhão de mudança levará as cinzas
Um caminhão de mudança levará as cinzas minhas
Ametistas no pescoço
Não trouxeram sobriedade pra essas linhas
Dentro de casa abri a sombrinha
Reguei as plantas com água filtrada e fria
[Verso 2: Lessa]
Um copo transparente, invertido verticalmente
Aprisiona abelhas rente a tábua da mesa que cede aos poucos
Petrificados e roucos, alpinistas no sufoco
Escalando memórias deles e dos outros companheiros de vertigem
O asfalto racha conforme o sol estala
Rasgando o que não se agarra
Eu lembro verōes quentes e agradáveis jardins de inverno
Plantas elevadas, samambaias, raízes no teto
Devido a infiltração não solucionada
Canos vazando água não controlada
Rompendo o alicerce da casa
Firmeza era a palavra errada
Como dunas onde ventos sao fortes
Ou disciplina apos vestir um uniforme
Por decreto de quem não entende nada
Adagas amoladas desde o antipenúltimo ato
Ao som de Prodigy e The Alchemist
Exausto, rasgando o contrato que me apresentaram
O frear provocando o gastar dos pneus é exato
Porra